Em Outubro de 1983, ou seja, dez meses após o acidente, ela foi internada num hospital público. Todas as tentativas de reabilitação foram mal sucedidas, demonstrando que ela não teria possibilidade de recuperar .
Os seus pais, que também eram considerados como seus representantes legais, em conjunto com o marido, solicitaram ao hospital que retirasse os procedimentos de nutrição e hidratação assistida, ou seja a sonda que havia sido colocada. Os pais recorreram à justiça do estado do Missouri solicitando esta autorização em junho de 1989.
Durante 8 anos, o seu caso passou pelos tribunais norte-americanos, onde se tentou averiguar sobre as suas eventuais convicções sobre a eutanásia, acabando os juízes por decidir pela sua morte (as máquinas que a mantinham viva foram desligadas).
Esta decisão baseou-se em três argumentos básicos:
- no diagnóstico de dano cerebral permanente e irreversível, devido à anóxia.
- a lei do estado do Missouri permite que uma pessoa em coma possa recusar ou solicitar a retirada de "procedimentos que prolonguem a vida desnecessariamente".
- Nancy já havia manifestado o desejo, que caso estivesse seriamente incapacitada, não queria a mantivessem viva artificialmente, posição que se aplicava a este caso.
No túmulo de Nancy Cruzan consta a seguinte indicação:
Nascida em 20 de Julho de 1957
Partiu em 11 de Janeiro de 1983
Em paz em 26 de Dezembro de 1990
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